Trecho entre Condor e Cruz alta poderá ter pedágio a partir do ano que vem, tarifa será de R$ 11,54 para carros
Nova concessão de rodovias federais no RS terá mais
13 praças de pedágio
Valor da tarifa em pista dupla chega a R$ 16,15
A nova concessão que o governo federal pretende tirar
do papel no Rio Grande do Sul vai custar caro aos motoristas. O estudo
realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
pelo consórcio LOGIT – ATP – QM – JGP projeta a construção de 13 novas praças
de pedágio.
Cinco deles serão instalados na BR-116, sendo um em
Camaquã, um em Barra do Ribeiro e três em Eldorado do Sul. Mas quem estiver
fazendo uma viagem entre Porto Alegre e Pelotas, por exemplo, não irá passar em
todos. Das três praças de Eldorado do Sul, na BR-116, duas estarão posicionadas
em locais para evitar fuga de pedágio, em alças da rodovia que obrigarão o
motorista a pagar a tarifa.
Outras quatro praças estarão na BR-290, nas cidades
de Butiá, Pantano Grande, Jacuí e Caçapava do Sul. Mais duas ficarão na BR-158,
em Cruz Alta e Júlio de Castilhos. As últimas estarão localizadas na BR-392, em
Santana da Boa Vista e São Sepé.
A tarifa de pedágio em trechos de pista simples será
de R$ 11,54 para carros. Já nas rodovias com pista dupla, o montante para estes
veículos poderá chegar a R$ 16,15.
Se confirmado o preço, será o pedágio mais
caro do Rio Grande do Sul. A Ecosul cobra R$ 12,30 para carros na concessão da
BR-392 e da BR-116, no Sul do Estado.
Dentro da disputa, será aceito um deságio máximo de
20,3%. Ou seja, a definição do vencedor deverá se dar não no desconto mais
amplo da tarifa, mas sim em quem pagar o maior valor ao governo federal.
A projeção indica que o grupo que vencer a
concorrência irá investir R$ 4,40 bilhões durante o período de 30 anos de
concessão. Ao todo, serão 674,1 quilômetros que deixarão de ser
responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit).
A ANTT estipula que o leilão será realizado entre
julho e setembro de 2023 e o contrato será assinado até o fim do próximo ano. A
partir do início da concessão, precisarão ser realizadas a retomada da
duplicação da BR-290 e o término da construção da nova ponte do Guaíba, além de
realizar a manutenção das rodovias envolvidas. E cada uma das intervenções
precisará seguir um cronograma meticuloso.
A duplicação de 115 quilômetros da BR-290, por
exemplo, ocorrerá entre 2026 e 2029. Já o término da nova ponte do Guaíba
ficará para 2027.
Ainda serão construídos 203 quilômetros de faixas
adicionais, nas BRs 116, 158, 290 e 392; 47 quilômetros de terceira faixa nas
BRs 158, 290 e 392; e a duplicação de cinco quilômetros da BR-116, em Tapes.
A consulta pública está marcada para ocorrer em 11 de
novembro em Brasília. Será possível participar da reunião por meio da
internet.
Durante o período de consulta pública, a população
poderá opinar, sugerir mais ou menos obras e discutir a posição das praças de
pedágio. Sempre lembrando que mais obras significa tarifa ainda maior.
Antes da publicação do edital, o Tribunal de Contas
da União deverá ser consultado (TCU). A projeção indica que o leilão será
realizado entre julho e setembro de 2023 e o contrato será assinado até o fim
do próximo ano.
* Fonte Gzh
Publicado por Folha do Noreste 07/10/22
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