Prévia da inflação atinge maior patamar para novembro em 5 anos, diz IBGE
Preços mais caros de alimentos e bebidas pressionaram IPCA-15, principalmente das carnes, do arroz e da batata-inglesa
A prévia da inflação atingiu o maior patamar para o mês de
novembro desde 2015, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) nesta terça-feira.
O indicador ficou em 0,81%, pressionado pelo aumento nos
preços dos alimentos e bebidas. Os itens que pesaram mais no bolso do
consumidor foram as carnes (4,89%), o arroz (8,29%) e a batata-inglesa, que
passou de -4,39% em outubro para 33,37% em novembro.
Outros itens que tiveram aumentos importantes em novembro
foram o tomate (19,89%) e óleo de soja (14,85%). Em contrapartida, o leite
longa-vida ficou mais barato (-3,81%).
O aumento dos preços dos itens de transportes também pesou
para o brasileiro em novembro. Os principais produtos que ficaram mais caros
foram a gasolina (1,17%), o etanol (4,02%), o óleo diesel (0,53%) e o gás
veicular (0,55%). As passagens aéreas também ficaram mais caras, mas em menor
ritmo do que registrado em outubro (passou de 39,9% no mês para 3,46% em
novembro).
Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE coletou os preços dos
produtos entre os dias 14 de outubro e 12 de novembro e comparou com os
vigentes de 12 de setembro a 13 de outubro.
O indicador considera o impacto dos preços às famílias com
rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do
Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém,
Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A
metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta
dos preços e na abrangência geográfica.
R7 24/11/2020
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