SEBATIÃO MELO VAI REDUZIR O IPTU DA CAPITAL DOS GAUCHOS
Entenda a proposta de Melo para mudar o IPTU em Porto Alegre
Prefeito eleito quer cancelar todos os reajustes previstos
no imposto a partir de 2022
Uma das principais promessas de campanha do prefeito
eleito Sebastião
Melo (MDB) foi o cancelamento de todos os reajustes previstos
no IPTU de Porto
Alegre a partir de 2022, residenciais ou não residenciais. Depois
de 28 anos sem atualização, a renovação
da planta de valores do imposto foi concretizada em 2019, a partir de
projeto do atual prefeito Nelson
Marchezan (PSDB).
No debate da Rádio Gaúcha do dia 18, Melo
disse que não planeja pedir ao atual prefeito para enviar projeto de
cancelamento à Câmara ainda neste ano. A intenção do candidato é fazer isso no
início de janeiro. A medida é alvo de dúvidas entre especialistas em finanças
públicas e de preocupação na Secretaria Municipal da Fazenda.
Mas como ele planeja revisar os reajustes previstos? Como
Melo diz que irá tratar do assunto apenas em janeiro de 2021, visando a
alterações a partir de 2022, defende que haveria tempo de sobra para a
discussão na Câmara e operacionalização da mudança. Por outro lado, a
composição do Legislativo será outra, com renovação de 44% dos quadros e maior
presença da esquerda, que se opõe a Melo.
O prefeito eleito acredita que, ao revisar reajustes,
ajudará o setor produtivo a superar dificuldades, o que, segundo ele, se
refletirá na retomada da economia e ampliará a arrecadação do Imposto Sobre
Serviços (ISS), equilibrando as perdas. A respeito do impacto financeiro
previsto, tanto do IPTU residencial quanto comercial, industrial e de serviços,
a prefeitura da Capital deixaria de arrecadar R$ 554 milhões entre 2022 e 2027,
segundo estimativas da Secretaria Municipal da Fazenda. Só em 2022, seriam R$
50,8 milhões a menos em caixa com relação a esse imposto.
O Imposto Predial e Territorial Urbano é um tributo
exclusivamente municipal, cobrado sobre a propriedade de imóveis. É a segunda
maior fonte de receita tributária própria em Porto Alegre, atrás apenas do
Imposto Sobre Serviços (ISS).
GAUCHAZH 30/11/2020
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