Secretaria de Saúde de Panambi divulga os dados da Vacinação
Apesar dos esforços para ampliar imunização contra a Covid-19
em Panambi, apenas 5.057 moradores do município completaram o esquema vacinal.
Ou seja, 11,71% da população recebeu as duas doses da vacina.
Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde,
atualizado nesta quarta-feira (2/6).
Até o momento, receberam a segunda dose:
- 922
profissionais da saúde;
- 68
idosos residentes de lares permanente;
- 275
idosos de 60 a 64 anos;
- 1.143
idosos de 65 a 69 anos;
- 1.202
idosos de 70 a 74 anos;
- 802
idosos de 75 a 79 anos;
- 645
idosos com 80 anos ou mais.
Já o percentual de Panambienses que receberam a primeira dose
é praticamente o dobro, 22,27%, ou seja, 9.614 pessoas.
- 986
profissionais da saúde;
- 70
idosos de lares permanentes;
- 1.961
idosos de 60 a 64 anos;
- 1.686
idosos de 65 a 69 anos;
- 1.227
idosos de 70 a 74 anos;
- 814
idosos de 75 a 79 anos;
- 783
idosos com 80 anos ou mais;
- 133
pessoas acamadas;
- 37
profissionais de segurança e salvamento;
- 1.655
pessoas com comorbidades;
- 11
gestantes e puérperas;
- 12
síndrome de down;
- 5
moradores de rua;
- 234
trabalhadores da educação.
Desta forma, o município havia aplicado até o início do mês
de junho 14.671 doses das 17.359 (84,5%) que já recebeu. Nesta sexta-feira
(4/6), recebeu mais 1.527 doses, 1.365 da AstraZeneca e 162 da Pfizer.
Intervalo
Há diversos fatores que explicam o motivo da quantidade de Panambienses que completou o esquema vacinal ser inferior à de pessoas que
receberam a primeira.
A principal é o intervalo entre as doses. No caso da
CoronaVac, a recomendação é entre 14 a 28 dias. Já a AstraZeneca tem um
intervalo três vezes maior, de até 12 semanas.
E, como o quantitativo de doses enviado para o município nos
últimos dois meses foram da vacina produzida pela Fiocruz, demorará mais de um
mês para os panambienses receberem a 2ª dose.
E o intervalo entre as doses Pfizer é o mesmo da AstraZeneca,
ou seja, três meses. O município já recebeu 372 e terá à disposição mais 162
nesta sexta-feira (4/6), somando 534.
Falta de vacinas
Além de apresentar uma queda drástica de vacinas enviadas, as
doses de CoronaVac recebidas nas últimas remessas foram apenas para completar a
imunização das pessoas que haviam recebido a primeira dose entre o final de
março e início de Brasil.
Isso ocorreu devido aos problemas de produção do imunizante,
devido à falta de insumos, e afetou todo o estado e quase todo o Brasil. Situação semelhante
ocorreu com a Fiocruz, que precisou interromper a produção de vacinas até a
chegada de mais insumos da China.
Deste modo, os problemas afetaram a entrega de vacinas não só
para os estados, mas também para municípios.
Iniciada na segunda metade de janeiro, a imunização em
Panambi começou com a chegada de 531 doses. No segundo mês, fevereiro, subiu
para 1.501. Já em março, foi para 3.920. O auge seria 6.090 em abril. Porém, em
maio, caiu para 5.437.
E além das dificuldades na produção da CoronaVac, outro fator
que explica a menor quantidade de pessoas que receberam a segunda dose foi a
orientação feita pelo Ministério da Saúde em 21 de março. Sob o comando do
ex-ministro Eduardo Pazuello, a pasta autorizou que todas as vacinas
armazenadas para a segunda dose fossem utilizadas para a aplicação da primeira
dose, com a garantia de que não faltariam vacinas.
Ausência
Não bastasse estas questões, há panambienses que já poderiam
ter completado o esquema vacinal mas demoraram ou não fizeram a segunda dose da
vacina. A informação foi confirmada pela coordenadora de Vigilância de Saúde de
Panambi, Kelly Reis, em entrevista realizada no dia 27 de maio à SB
Comunicações.
“Tem algumas pessoas que ainda não buscaram a segunda dose”,
afirmou. Diante da situação, a Secretaria Municipal da Saúde colocou à
disposição vacinas para estas pessoas.
Panorama
No Rio Grande do Sul, 3.271.460 (28,63%) pessoas já tomaram a
1ª dose e 1.554.095 a 2ª dose. Ou seja, apenas 13,6% dos gaúchos receberam as
duas doses, indicador semelhante ao de Panambi.
Já no Brasil, 22.063.266 de brasileiros receberam a 2ª dose,
o que corresponde a apenas 10,42% da população do país. Já a primeira dose foi
aplicada em 45.233.638 de brasileiros, o que equivale a 21,36% da população,
conforme levantamento junto às secretarias da saúde feito no final de maio.
Por
Julian Kober
SBCOMUNICAÇÕES
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