Oposição quer manter auxílio emergencial por mais 4 meses
Governadores também insistirão na prorrogação do Estado de Calamidade
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Deputado José Guimarães protocolou hoje projeto que prevê
manutenção do pagamento de R$ 600 | Foto: Najara Araujo / Câmara dos
Deputados / Divulgação / CP |
No primeiro dia útil de 2021, a oposição confirma a
disposição de pressionar pela manutenção de gastos públicos emergenciais para
socorrer a parcela mais pobre da população e trabalhadores informais que
perderam sua renda por causa da pandemia de coronavírus. O líder da minoria na
Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT/CE), protocolou hoje projeto de lei
que prevê a continuidade do pagamento do auxílio emergencial em
seu valor cheio, de R$ 600, pelo menos até abril. Pelo texto, a primeira
parcela já seria paga já em janeiro.
Para o deputado, "o auxílio ganha ainda mais importância
com o aumento desenfreado do desemprego, que já atinge 14,1 milhões de brasileiros".
A despesa extra não está nos planos da equipe econômica, apesar de declarações
desencontradas do ministro Paulo Guedes, no correr dos últimos meses do ano
passado. O próprio presidente Bolsonaro sinalizou com o fim do auxílio,
considerado um dos responsáveis pelo aprofundamento do desequilíbrio fiscal. A
meta para o ano de 2021 é de déficit de R$ 247,1 bilhões.
Governadores também insistirão em mecanismos que permitam a
manutenção de gastos para o socorro às vítimas da pandemia. O grupo ligado ao
Forum Nacional de governadores deve redobrar a pressão junto às suas bancadas
parlamentares pela manutenção do Estado de Calamidade decretado em março deste
2020 e aprovado por unanimidade pelo Congresso.
Por R7 04/01/2021
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