Cordeirinha nasce na Expointer cinco minutos antes da abertura dos portões
Parto levou duas horas e filhote pesa 5 quilos
A Expointer renasce
ao público com sinal de que dará bons frutos: cinco minutos antes da abertura
dos portões da 44ª edição - que ocorreu às 8h deste sábado (4) -,
uma ovelha deu sua primeira cria, em parto que foi acompanhado desde o final da
madrugada deste primeiro dia da feira. A cordeirinha, chamada de borrega por
ser fêmea, tem 5 quilos.
Logo que o filhote nasceu, a reportagem de GZH ouviu
gritos e pôde presenciar o momento.
— Vou colocar o apelido de Gaúcha, porque vocês da rádio são
os primeiros a fotografar e falar dela — diz Marcelo Teixeira, 26 anos,
proprietário da Cabanha Don Enick, de Santana do Livramento.
Nos primeiros minutos de vida, a filhote foi lambida pela
mãe, que não a deixou sozinha em nenhum momento. Ficou em pé, dando os
primeiros passos com dificuldade. Em seguida, procurou o úbere para mamar. Após
se alimentar, deitou novamente, sempre acompanhada pela genitora.
O cordeiro que inseminou a fêmea permaneceu na região
da Fronteira
Oeste. O parto levou duas horas, dentro da média, segundo o dono
da estância, que é estudante de veterinária. O zelo aparente demonstra que ela
será bem cuidada:
— Não desgrudou, e tá lambendo tanto assim, é uma propensão a
ser uma boa mãe. Às vezes, tem rejeição no nascimento — complemente Teixeira.
A chegada da borrega teve auxílio do cabanheiro Alisson
Silveira, 23 anos. Mas não foi surpresa, garante.
— Já fiz alguns partos na vida — garante, com ironia de quem
demonstra ser experiente na lida.
A ovelha, de 78 quilos, estava prenha de cinco meses, e a
cria nasceu dentro do previsto. Durante a madrugada, foi cuidada por Valdir
Roos da Silva, 58 anos, conhecido há 30 na Expointer como Pitbull. Ao
identificar que ela estava pronta para dar à luz, telefonou para Marcelo
Teixeira, que logo assumiu o trabalho.
O que mais surpreende no relato do estancieiro são as
coincidências: esse é o segundo cordeiro a nascer no parque em um intervalo de
três horas.
— Primeiro nasceu esse, eu deixei ele aqui com a mãe e fui
assumir a outra — conta, com o filhote no colo.
GAUCHA ZH 04/09/21
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