Idosa que se recusou a tomar vacina morre de Covid em Esperança do Sul, diz prefeitura do RS
Mulher tinha 77 anos e poderia ter se vacinado em março.
Moradora assinou termo de responsabilidade pela recusa em se imunizar, afirma
Secretaria Municipal da Saúde.
Uma idosa de 77 anos morreu, no domingo (23), em decorrência
da Covid-19 em Esperança do Sul, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Segundo
a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a mulher se recusou a tomar a
vacina contra o coronavírus, em março, e assinou um termo em que se
responsabilizava da decisão. Veja nota abaixo.
A Prefeitura de Esperança do Sul afirmou que a assinatura do
documento é sugerida pela Coordenadoria Regional de Saúde.
Ao G1, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que
não existe uma orientação para o preenchimento de termos de recusa. "A
decisão de fazer esse tipo de registro cabe a cada município, sendo que alguns
preferem ter o documento como segurança de que a dose foi oferecida para aquela
pessoa e houve a recusa", comunicou a pasta.
O titular da SMS de Esperança do Sul, Ademir da Cruz, afirmou
que a moradora foi avisada, em 12 de março, que poderia ser vacinada no dia 15.
Entretanto, no próprio dia 12, a idosa assinou o termo de recusa, após agentes
comunitários irem até a residência onde ela morava.
"Como temos um termo regional que a pessoa assina quando
recusa a vacina, ela assinou no mesmo momento", disse.
A idosa chegou a ser internada no sábado (22), mas acabou não
resistindo às complicações da Covid.
Nota da Prefeitura de Esperança do Sul
"A Secretaria Municipal de Saúde de Esperança o
Sul vem através desta nota informar e esclarecer a sua população, sobre a
paciente de 77 anos que faleceu no último domingo, dia 23/05, em decorrência da
infecção causada pelo novo coronavírus.
Como a vacina do Covid-19 é opcional e não
obrigatória, a idosa optou por não ser imunizada, através da assinatura de um
termo de recusa, medida sugerida pela Coordenadoria Regional de Saúde, este
referido termo é assinado por todos os pacientes que decidem não tomarem a
vacina.
Sabe-se que hoje as vacinas existentes não protegem
100% a pessoa imunizada de se contaminar, porém previnem que a doença evolua
para os casos mais graves, onde exigem internações e que podem levar ao
óbito."
Por André Pereira, RBS TV Santa Rosa e G1 RS
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