Zuckerberg reconhece erros do Facebook
Fundador da rede social anunciou a criação de uma "corte de apelação independente", que decidirá pela manutenção ou não de conteúdos
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou nesta
quinta-feira (15) a criação de uma "corte de apelação independente"
que decidirá sobre conteúdos controversos e se estes podem permanecer online ou
não. O anúncio foi feito durante uma teleconferência para abordar uma nova
polêmica que envolve o grupo e uma empresa de relações públicas.
Para além dessa nova polêmica, Zuckerberg e sua equipe
anunciaram ter aumentado a capacidade da rede social de detectar
"mensagens de ódio" de qualquer tipo.
O Facebook é regularmente acusado de não fazer o suficiente
para suprimir mensagens e reconheceu, por exemplo, que foi lento demais para
reagir à propaganda do Exército de Mianmar em seu site contra a minoria dos
rohinyas.
Cheguei à conclusão de que não deveríamos tomar tantas
decisões sobre liberdade de expressão ou segurança — disse Zuckerberg.
Os conteúdos controversos detectados através da inteligência
artificial ou porque são reportados pelos usuários são revisados através de um
sistema interno. Mas uma espécie de "tribunal de apelação" independente,
que deve ser estabelecido no ano que vem, será responsável por decidir em casos
de litígio.
A composição da corte, assim como seu grau de independência,
em concordância com os princípios que guiam o Facebook, serão determinados nos
próximos meses.
A partir do ano que vem o Facebook vai publicar um relatório
a cada três meses sobre o conteúdo eliminado do site. A frequência é
equivalente à da publicação de resultados financeiros e uma forma de demonstrar
que a empresa leva o assunto a sério.
— Conseguimos avanços na eliminação do ódio, da intimidação
e do terrorismo da nossa rede — disse
Zuckerberg. Ele ainda complementou: — Mas devemos encontrar o equilíbrio entre
dar voz às pessoas e nos assegurarmos de que estão seguras.
gaucha zh 15/11/2018
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